segunda-feira, 29 de junho de 2015

DEUS DESISTE DE VOCÊ!




Será que existe alguma coisa que faça com que Deus esqueça de você? Para muita gente, não há. De posse do Profeta Isaías – “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti.” (49.15) – apoia-se a certeza de que Deus NUNCA se esquecerá de ninguém.
Pois bem, sem querer me delongar muito, saiba que o contexto em que está Isaías 49 se refere ao período do exílio babilônico. Senão, vejamos:
O livro pode ser estudado reconhecendo-se nele três seções: a primeira, englobando os caps. 1 a 39, a segunda, 40 a 55 e a terceira, 56 a 66. A primeira seção tem um caráter de correção, indicação do pecado do povo e dos líderes da nação Israelita. Grande parte da mensagem de Isaías é endereçada a líderes políticos e militares que firmavam alianças com nações estrangeiras e não confiavam no Senhor. Na segunda seção, temos um vibrante discurso de consolo que é direcionado, profeticamente, aos israelitas exilados nas distantes terras da Babilônia. Esta seção já inicia com palavras de grande conforto: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém…” (Is 40.1,2a). A terceira seção, que compreende os caps. 56 a 66 avança no tempo, com mensagens aos judeus repatriados da Babilônia. – http://searanews.com.br/um-dois-ou-tres-isaias/#sthash.brRlQtEW.dpuf (itálico meu).

Portanto, aquele grupo de israelitas adoradores de Aserá, não foram poupados, foram esquecidos, sim. Os olhos de Deus estão sobre aqueles que – como Daniel, Hananias, Misael e Azarias (Dn 1.6) – foram poupados por terem se mantido fiéis (o remanescente), mas estavam sofrendo o exílio na Babilônia, esses não seriam esquecidos.
A frase da moda é: Deus não desiste de você. Frase prima-irmã de outra muito famosa: “Deus te ama incondicionalmente!”. O indivíduo que cunhou esta frase deve ter se baseado na relação de amor e ódio entre o Deus Eterno e Israel que permeia todas as páginas do Antigo Testamento. Deus sempre se mostra solícito e pronto a perdoar Seu povo pecador. A Revelação parece apresentar o Eterno Deus como um indivíduo incansável em Sua busca da “pessoa amada”. Não é sem razão que a relação do Eterno com Seu povo seja comparada a um casamento (Cantares é um texto que serve a este propósito, ilustrando o carinho e o amor de dois amantes fiéis). O Novo Testamento baseia o relacionamento da Igreja com Cristo com a mesma imagem.
Existe uma promessa de casamento entre a Igreja (a noiva de Cristo) e o Cristo Jesus (o Noivo), mas com uma tonalidade bem diferente do diapasão do AT. O sentido que Jesus dá nos Evangelhos – repercutido pelas Cartas – é de resgate da verdadeira noiva, da fiel, da pura, da imaculada, aquela que teve paciência e se preservou para o Noivo. Não é mais voz de reclamação do Marido traído do AT, mas, sim, a voz do Noivo que veio buscar Sua virgem (Mateus 25.6).
Com o olhar voltado para o AT, este relacionamento é e sempre foi conflituoso, recheado de reclamações do Marido por causa da infidelidade da Esposa. Ali, o Deus Eterno, embora seja traído com frequência, parece não desistir de amar Sua Esposa. Tal comportamento nos sugere que Deus nunca desistirá de ir atrás de nós, mesmo que sejamos infiéis. Continuaremos a ser amados por Deus, indiscriminadamente e incondicionalmente. Nunca precisaremos dar meia volta nem abandonar nossos amantes porque Deus é o melhor marido que existe: banca nossa boa vida e ainda nos permite prazeres extraconjugais!
Uma história escandalosa em particular reforça esta visão. O casamento de um profeta com uma adúltera.

Um Escândalo Patrocinado Por Deus?
O Livro de Oséias é absurdo, estranho, esdrúxulo, esquisito, escandaloso. Por que alguém, em sã consciência, se casaria com uma pessoa que, com toda certeza, o trairá? Se isso já não fosse estranho –embora seja perfeitamente possível que aconteça – o absurdo mesmo é que foi o próprio Deus Eterno quem ordenou o casamento de um homem santo com uma mulher “qualquer nota”. Que pai seria tão cego a ponto de permitir que o filho se case com uma pessoa que não cumprirá os votos matrimoniais?
A situação piora quando o raciocínio comum e até consagrado entre nós é que a esposa de Oseías era uma prostituta: “O princípio da palavra do Senhor por meio de Oséias. Disse, pois, o Senhor a Oséias: Vai, toma uma mulher de prostituições, e filhos de prostituição; porque a terra certamente se prostitui, desviando-se do Senhor. Foi, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim, e ela concebeu, e lhe deu um filho.”. (1.2-3).

Contudo, em que pese o que o texto diz, não se pode afirmar que Gômer era uma prostituta porque, antes de qualquer coisa, não existe diferença entre os termos prostituição e adultério na Bíblia. Nós é que fazemos distinção porque acreditamos que adultério é diferente de prostituição. Na Bíblia adultério é prostituição e vice-versa. Nossa tendência de amenizar o peso das palavras, favorece nosso desejo de diminuir a dor da verdade, cauterizando nossa mente e impedindo que sejamos curados verdadeiramente (Jeremias 6.14, 8.11; I Timóteo 4.2). Aquela mulher não era prostituta profissional, era potencialmente adúltera (como todos nós somos, diga-se de passagem), isto porque vivia sob uma cultura pagã. Dennis Allan escreveu:
“toma uma mulher de prostituições” provavelmente sugere que ela veio de um ambiente de imoralidade, e teria a tendência de se tornar adúltera. Não faz sentido sugerir que Deus mandou que Oséias se casasse com uma prostituta, por vários motivos: (1) Deus sempre incentiva a pureza no casamento; (2) O caso de Gômer é paralelo ao de Israel, que se tornou adúltera depois de “casar” com Deus; (3) O relato comenta sobre filhos que nasceram depois do casamento, mesmo de adultério, mas não fala de nenhum filho nascido antes do casamento dela com Oséias. (http://www.estudosdabiblia.net/oseias.htm#Oseias3:1-5, acesso em 6/04/2015).

Além disso, o texto Sagrado garante que ela não havia se casado com ninguém antes de se casar com o profeta: “Ela irá atrás de seus amantes, mas não os alcançará; e buscá-los-á, mas não os achará; então dirá: Ir-me-ei, e tornar-me-ei a meu primeiro marido, porque melhor me ia então do que agora.” (2.7). A verdade é que a profecia confirma o fato de que Gômer certamente iria trair a Oséias. É exatamente isto que o Eterno está dizendo. Oséias se casará com uma mulher que o trairá. Não se casaria com uma prostituta, nunca! O escândalo existe, na verdade, por interpretação errada acerca de quem era a esposa de Oséias e não por causa do casamento em si. Oséias se casou com uma mulher que depois o traiu. Oséias se casou com uma mulher que certamente o trairia porque, como já disse, a cultura da qual ela veio era liberal como toda cultura pagã ou sua família havia absorvido tal cultura, “e filhos de prostituição” (1.2) dá esta indicação. Fato. Não havia qualquer freio moral que despertasse o anseio por fidelidade, até porque naquelas culturas tudo era permitido. Exatamente como acontece hoje, infelizmente.
Não existe melhor definição que explique a condição espiritual em que nós nos encontrávamos, depois de termos sido eleitos “nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;” (Efésios 1.4), procuramos amantes e, hoje, o Noivo nos quer de volta “santos e irrepreensíveis diante ele em amor”.
Repito, o escândalo reside no fato de que Deus permitiu um casamento proibido porque Gômer era de uma cultura diferente ou viciada de hábitos imorais. Portanto, não dá para asseverar que era uma profissional do sexo, mas, sim, era uma mulher infiel que, na presciência de Deus, serviria para representar a “Casa de Israel”. A mensagem era claríssima: Israel traiu seu Marido [o Eterno], adulterando (se prostituindo) com amantes [falsos deuses, Baal no caso]. O casamento de Oséias com Gômer é a ilustração de uma mensagem. Mensagem esta descrita em todos os catorze capítulos do Livro de Oséias.
O Deus Eterno criou um fato escandaloso no seio da sociedade judaica? Não, a sociedade era o escândalo. Mas com aquele casamento absurdo, Deus estava “jogando na cara” de Israel sua traição.
O resultado foram dois bastados. Dois dos três filhos que tiveram não eram de Oséias, mas dos amantes dela. As crianças foram batizadas pelo próprio Eterno de Loruama e Loami, “não [é] meu povo” e “não [é] amado”, respectivamente. Depois, Gômer abandonou a Oséias, correndo atrás de seus amantes. Mas o Deus Eterno ordenou que o profeta a comprasse literalmente de seu amante:
O Senhor me disse: ‘Vá, trate novamente com amor sua mulher, apesar de ela ser amada por outro e ser adúltera. Ame-a como o Senhor ama os israelitas, apesar de eles se voltarem para outros deuses e de amarem os bolos sagrados de uvas passas’. Por isso eu a comprei por cento e oitenta gramas de prata e um barril e meio de cevada. E eu lhe disse: Você viverá comigo por muitos dias; você não será mais prostituta nem será de nenhum outro homem, e eu viverei com você. (Oséias 3.1-3, NVI).

Essa história nos informa que Deus não desiste nunca de seus amados? Essa situação inusitada está nos dizendo o quê? Está nos informando que apesar de sermos infiéis, o Eterno nunca deixará de nos comprar novamente e novamente e novamente? Vamos continuar fugindo dEle, nos deliciando nos braços de outro, enquanto Ele vai investindo seus intermináveis recursos para nos trazer de volta? Sempre, indefinidamente, eternamente? Podemos, então, ficar descansados e tranquilos porque Ele nos perdoa quatrocentos e noventa vezes? A única coisa que temos que fazer, então, é nada? Ou melhor, ainda, podemos ficar descansados que Deus está preso, maniatado, subjugado e cativo de Seu próprio amor?
O problema é que não conhecemos ou esquecemos o que aconteceu com os contemporâneos de Oséias. Ele foi o profeta que testemunhou os últimos dias do Reino do Norte, Israel, que foi completamente destruído. A cidade de Samaria foi destruída após um cerco que durou cerca de três anos e, então, o Reino de Israel deixou de existir. Durante o cerco, os habitantes da cidade sofreram de maneira horrível tanto privações físicas quanto psicológicas. O profeta Miquéias afirma que a cidade fora reduzida a um amontoado de pedras. Suas terras tornaram-se um lugar de completa desolação. Tudo isso aconteceu no ano 722 a.C. Portanto, temos que ter cuidado ao afirmar que Deus nunca desiste de ninguém. Não se pode negar que Deus amava aquele povo de uma maneira inigualável, mas não dá – nem para o Eterno Deus – sustentar uma situação de traição por tanto tempo.
Há líderes e determinados liderados que estão adotando e sendo influenciados pela cultura permissiva de nossa sociedade. Acreditam que Deus também considera que seria mais fácil amar tolerando os erros e as falhas morais dos que se consideram “sinceros” (acham que não são hipócritas) do que exigir conversão. Se consideram sinceros porque admitem suas falhas morais, pecados e desvios doutrinários, e se enxergam piedosos porque acreditam no amor de Deus que os transformará e os salvará finalmente, exatamente quando eles precisarem. Assim como os católicos que rezam a Ave Maria: “...rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte, amém!”
Não existe perigo maior... Apostam no amor de Deus, mas ignoram que o amor não é equivalente à verdade, embora os dois tenham que andar juntos. Principalmente se este amor contradiz toda verdade.
Esta declaração pode ser polêmica, mas a justiça de Deus não está submetida ao Seu amor, mas seu amor à Sua justiça. A ira de Deus permanece sobre “os filhos da desobediência” (Cl 3.6), portanto se Seu amor orientasse Sua justiça esta Palavra de Paulo deveria ser descartada, posto que ira não existiria. Ainda que tantas referências existam com relação a esta verdade, apenas esta seria o suficiente para que o assunto fosse esgotado.
Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu filho único para que todo aquele que crê em Jesus, Seu Filho, não vá para o inferno, mas tenha a vida eterna, por isso “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” (João 3.36). Como, assim, Deus não desiste de nós?
Deus não desiste de nós? Mas e se nós desistirmos dEle? Será que não existe essa possibilidade ou Deus por Seu grande amor não vai se importar se isto acontecer? Quem defende esta tese não está pensando com clareza. Deus vai insistir até o fim, mas e se nós continuarmos com nosso amante?

Amor, O Principal E Único (?) Atributo De Deus
Este conceito estapafúrdio de que Deus é movido somente por amor, suprime qualquer sentido de juízo e induz a erros crassos. Como os de líderes como Rob Bell que pregam que o inferno não existe (cf.: http://www.verdadegospel.com/pastor-americano-polemiza-ao-afirmar-que-o-inferno-nao-existe/). O ex-pastor Bell tem alcançado o favor da opinião pública defendendo o indefensável: “Sim, eu sou favor do casamento. Estou a favor da fidelidade. Sou a favor do amor, seja entre um homem e uma mulher, ou entre duas mulheres, ou de um homem com outro homem […] este é o mundo que estamos vivendo e precisamos apoiar as pessoas sem importar o modo como estejam”, falou abertamente.” (http://noticias.gospelmais.com.br/rob-bell-favoravel-casamento-gay-preservar-amor-51518.html). Para ele, que não acredita em juízo nem punição eterna para pecadores não convertidos, todos nós estamos salvos. A Bíblia, então, é uma perda de tempo. Jesus morreu à toa. Ninguém comete pecados e, aliás, pecado é uma invenção obsoleta. A Bíblia só presta quando fala de amor nos termos que eles o entendem e aceitam.
É para este caminho que estão indo todos os que se apoiam sobre o conceito de que Deus não desiste de nós. Que Ele nos ama sem estabelecer condições. Que o Eterno é motivado e movido por suas emoções. Como se o amor fosse uma mera emoção. Se fosse, Deus nunca nos amaria. Ele fez de tudo para nos convencer, mas nada fará para nos obrigar.
Por que Ele nos amou? Pela certeza de que muitos seriam resgatados (Mateus 20.28). Se Deus soubesse que não seria amado, não teria permitido a tortura e morte de Jesus. Não é preciso ser muito inteligente para chegar a esta conclusão. Quem trocaria a vida de um único filho pelo desprezo de quem foi presenteado com ela?
Quem é pai sabe, mas quem tem um filho apenas, sabe mais. Não há amor maior. Por isso é impossível que este pai substitua seu filho por um indivíduo que nunca se arrependerá de seus erros. Sob hipótese alguma eu jogaria meus filhos aos leões em vão. Até mesmo sabendo de antemão que muitos iriam deixar seus pecados, eu pensaria mil vezes antes de sacrificar meu filho por eles... Mas Deus não age emocionalmente como eu. Ele simplesmente fez o que era certo, segundo Sua reta justiça. Mas aqui surge uma pergunta que não quer calar.
O que você faria se alguém rejeitasse Seu filho? O que você faria com aqueles indivíduos que lhe dirão: “Não, muito obrigado! Mas não lhe pedi nada!” Indivíduos pelos quais você entregou Seu filho para substituí-los na pena de morte, ignoram, rejeitam, desprezam deliberadamente o sacrifício dele? Não desistiria deles? O que mais você faria para que eles lhe dessem a justa atenção? Quantos filhos mais você dará por eles?
Da parte de Deus, desprezo total. Simplesmente porque Ele não deu Jesus por esse tipo de gente, mas pelo Seu povo! Como disse Paul Washer, “Jesus deu Sua vida pela Igreja, uma Igreja pura, linda e imaculada” (10 Acusações Contra a Igreja Moderna, pg. 60). Deus não seria idiota a ponto de entregar seu único filho por gente que não O queria, não O quer nem O quereria. Até mesmo aqueles que faziam parte do chamado povo de Deus, os filhos de Abraão, para os quais Jesus foi enviado, foram desprezados porque desprezaram a Jesus: “Estava Ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dEle, e o mundo não O conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas a todos quantos O receberam, aos que creem no Seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (João 1.10-12). Viram? Filhos de Deus e não de Abraão. Por isso concordo mais uma vez com Washer: “Não há um remanescente de crentes ou um grupo menor dentro de um grupo maior chamado a igreja. A Igreja é o remanescente” (idem). O remanescente, previsto no Antigo Testamento (Isaías 10.21; Amós 9.11-15; Oséias 2.23 etc.), é a gente pela qual Jesus morreu. Aquela gente que não era nem povo, mas agora é povo de Deus (I Pedro 2.10).
Se um indivíduo não sai do erro, não se converte, não se arrepende e, por isso, não quer perdão, então não resta mais nada, exatamente como escreveu Oséias:
“As suas ações não lhes permitem voltar para o seu Deus; porque o espírito da prostituição está no meio deles, e não conhecem ao Senhor. A soberba de Israel testifica contra eles; e Israel e Efraim cairão pela sua iniquidade, e Judá cairá juntamente com eles. Eles irão com os seus rebanhos e com as suas manadas, para buscarem ao Senhor, mas não o acharão; ele se retirou deles.” (Oséias 5.4-6).

Resultado? Leia novamente: “Ele [o Eterno] se retirou deles”. Deus desistiu depois de insistir muito com Israel. Se você fica confortavelmente acreditando que o amor do Deus Eterno é incondicional, pode ficar certo que alguém está mentindo para você e não é a Bíblia.
Certa vez alguém me disse que questões de natureza sexual são irrelevantes porque o Eterno obrigou um homem santo a se casar com uma prostituta. Sua mente viciada encontra conforto nesse acontecimento para respaldar comportamento estranho à vontade de Deus. Vai pagar caro por essa ignorância. São pessoas que acreditam no que os romanos também acreditavam que quando Paulo pregava sobre a Graça estava abrindo precedente para pecarmos sem medo. Ao que ele disse: E por que não dizemos (como somos blasfemados, e como alguns dizem que dizemos): Façamos males, para que venham bens? A condenação desses é justa.” (Romanos 3.8).
Por séculos, Deus levantou centenas de milhares de profetas para avisar que a paciência de Deus não é eterna e que seu amor tem limite. Não deram ouvidos, alguns até se sentiam seguros afirmando que “Deus não faz o bem nem faz o mal” (Sf 1.12). Mas o fim deles foi terrível:
“E o Senhor Deus de seus pais, falou-lhes constantemente por intermédio dos mensageiros, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação. Eles, porém, zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e mofaram dos seus profetas; até que o furor do Senhor tanto subiu contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve. Porque fez subir contra eles o rei dos caldeus, o qual matou os seus jovens à espada, na casa do seu santuário, e não teve piedade nem dos jovens, nem das donzelas, nem dos velhos, nem dos decrépitos; a todos entregou na sua mão.” (II Crônicas 36.15-17).

O raciocínio é simples, o amor de Deus é tão grande que podemos nos sentir livres para fazer o que quisermos. Deus não leva nada em conta. Ele é bom e misericordioso. Portanto nunca irá nos punir por nossas escolhas e decisões. Seu amor está acima dos nossos pecados, pois eles são irrelevantes diante do grande amor que Deus tem por nós.
Desconfie de sua alma quando esta lhe diz que Deus está cego de amor. Não cometa o mesmo erro dos hebreus que “Negaram ao Senhor, e disseram: Não é ele; nem mal nos sobrevirá, nem veremos espada nem fome.” (Jeremias 5.12).
Fique só com mais estas passagens: Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.” (Romanos 11.22); “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” (Gálatas 6.7-8).