Será que
existe alguma coisa que faça com que Deus esqueça de você? Para muita gente,
não há. De posse do Profeta Isaías – “Porventura
pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça
dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu
não me esquecerei de ti.” (49.15) – apoia-se a certeza de que Deus NUNCA se
esquecerá de ninguém.
Pois bem,
sem querer me delongar muito, saiba que o contexto em que está Isaías 49 se
refere ao período do exílio babilônico. Senão, vejamos:
O livro pode ser estudado reconhecendo-se
nele três seções: a primeira, englobando os caps. 1 a 39, a segunda, 40 a 55
e a terceira, 56 a 66. A primeira seção tem um caráter de correção, indicação
do pecado do povo e dos líderes da nação Israelita. Grande parte da mensagem de
Isaías é endereçada a líderes políticos e militares que firmavam alianças com
nações estrangeiras e não confiavam no Senhor. Na segunda seção, temos um vibrante discurso de consolo que é
direcionado, profeticamente, aos israelitas exilados nas distantes terras da
Babilônia. Esta seção já inicia com palavras de grande conforto: “Consolai,
consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém…” (Is
40.1,2a). A terceira seção, que compreende os caps. 56 a 66 avança no
tempo, com mensagens aos judeus repatriados da Babilônia. – http://searanews.com.br/um-dois-ou-tres-isaias/#sthash.brRlQtEW.dpuf
(itálico meu).
Portanto,
aquele grupo de israelitas adoradores de Aserá, não foram poupados, foram esquecidos,
sim. Os olhos de Deus estão sobre aqueles que – como Daniel, Hananias, Misael e
Azarias (Dn 1.6) – foram poupados por terem se mantido fiéis (o remanescente),
mas estavam sofrendo o exílio na Babilônia, esses não seriam esquecidos.
A frase da
moda é: Deus não desiste de você. Frase
prima-irmã de outra muito famosa: “Deus te ama incondicionalmente!”. O
indivíduo que cunhou esta frase deve ter se baseado na relação de amor e ódio
entre o Deus Eterno e Israel que permeia todas as páginas do Antigo Testamento.
Deus sempre se mostra solícito e pronto a perdoar Seu povo pecador. A Revelação
parece apresentar o Eterno Deus como um indivíduo incansável em Sua busca da
“pessoa amada”. Não é sem razão que a relação do Eterno com Seu povo seja
comparada a um casamento (Cantares é um texto que serve a este propósito,
ilustrando o carinho e o amor de dois amantes fiéis). O Novo Testamento baseia o
relacionamento da Igreja com Cristo com a mesma imagem.
Existe uma
promessa de casamento entre a Igreja (a noiva de Cristo) e o Cristo Jesus (o
Noivo), mas com uma tonalidade bem diferente do diapasão do AT. O sentido que
Jesus dá nos Evangelhos – repercutido pelas Cartas – é de resgate da verdadeira
noiva, da fiel, da pura, da imaculada, aquela que teve paciência e se preservou
para o Noivo. Não é mais voz de reclamação do Marido traído do AT, mas, sim, a
voz do Noivo que veio buscar Sua virgem (Mateus 25.6).
Com o olhar
voltado para o AT, este relacionamento é e sempre foi conflituoso, recheado de
reclamações do Marido por causa da infidelidade da Esposa. Ali, o Deus Eterno,
embora seja traído com frequência, parece não desistir de amar Sua Esposa. Tal
comportamento nos sugere que Deus nunca desistirá de ir atrás de nós, mesmo que
sejamos infiéis. Continuaremos a ser amados por Deus, indiscriminadamente e
incondicionalmente. Nunca precisaremos dar meia volta nem abandonar nossos
amantes porque Deus é o melhor marido que existe: banca nossa boa vida e ainda
nos permite prazeres extraconjugais!
Uma história
escandalosa em particular reforça esta visão. O casamento de um profeta com uma
adúltera.
Um Escândalo Patrocinado Por Deus?
O Livro de
Oséias é absurdo, estranho, esdrúxulo, esquisito, escandaloso. Por que alguém,
em sã consciência, se casaria com uma pessoa que, com toda certeza, o trairá? Se
isso já não fosse estranho –embora seja perfeitamente possível que aconteça – o
absurdo mesmo é que foi o próprio Deus Eterno quem ordenou o casamento de um
homem santo com uma mulher “qualquer nota”. Que pai seria tão cego a ponto de
permitir que o filho se case com uma pessoa que não cumprirá os votos
matrimoniais?
A situação
piora quando o raciocínio comum e até consagrado entre nós é que a esposa de
Oseías era uma prostituta: “O princípio
da palavra do Senhor por meio de Oséias. Disse, pois, o Senhor a Oséias: Vai,
toma uma mulher de prostituições, e
filhos de prostituição; porque a terra certamente se prostitui, desviando-se do
Senhor. Foi, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim,
e ela concebeu, e lhe deu um filho.”. (1.2-3).
Contudo, em
que pese o que o texto diz, não se pode afirmar que Gômer era uma prostituta
porque, antes de qualquer coisa, não existe diferença entre os termos
prostituição e adultério na Bíblia. Nós é que fazemos distinção porque
acreditamos que adultério é diferente de prostituição. Na Bíblia adultério é
prostituição e vice-versa. Nossa tendência de amenizar o peso das palavras,
favorece nosso desejo de diminuir a dor da verdade, cauterizando nossa mente e impedindo
que sejamos curados verdadeiramente (Jeremias 6.14, 8.11; I Timóteo 4.2). Aquela
mulher não era prostituta profissional, era potencialmente adúltera (como todos
nós somos, diga-se de passagem), isto porque vivia sob uma cultura pagã. Dennis
Allan escreveu:
“toma uma mulher de prostituições”
provavelmente sugere que ela veio de um ambiente de imoralidade, e teria a
tendência de se tornar adúltera. Não faz sentido sugerir que Deus mandou que
Oséias se casasse com uma prostituta, por vários motivos: (1) Deus sempre
incentiva a pureza no casamento; (2) O caso de Gômer é paralelo ao de Israel,
que se tornou adúltera depois de “casar” com Deus; (3) O relato comenta sobre
filhos que nasceram depois do casamento, mesmo de adultério, mas não fala de
nenhum filho nascido antes do casamento dela com Oséias. (http://www.estudosdabiblia.net/oseias.htm#Oseias3:1-5, acesso em 6/04/2015).
Além disso,
o texto Sagrado garante que ela não havia se casado com ninguém antes de se
casar com o profeta: “Ela irá atrás de
seus amantes, mas não os alcançará; e buscá-los-á, mas não os achará; então
dirá: Ir-me-ei, e tornar-me-ei a meu
primeiro marido, porque melhor me ia então do que agora.” (2.7). A
verdade é que a profecia confirma o fato de que Gômer certamente iria trair a
Oséias. É exatamente isto que o Eterno está dizendo. Oséias se casará com uma
mulher que o trairá. Não se casaria com uma prostituta, nunca! O escândalo
existe, na verdade, por interpretação errada acerca de quem era a esposa de
Oséias e não por causa do casamento em si. Oséias se casou com uma mulher que depois
o traiu. Oséias se casou com uma mulher que certamente o trairia porque, como
já disse, a cultura da qual ela veio era liberal como toda cultura pagã ou sua
família havia absorvido tal cultura, “e filhos
de prostituição” (1.2) dá esta indicação. Fato. Não havia qualquer freio
moral que despertasse o anseio por fidelidade, até porque naquelas culturas
tudo era permitido. Exatamente como acontece hoje, infelizmente.
Não existe
melhor definição que explique a condição espiritual em que nós nos
encontrávamos, depois de termos sido eleitos “nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor;” (Efésios 1.4), procuramos amantes e,
hoje, o Noivo nos quer de volta “santos e
irrepreensíveis diante ele em amor”.
Repito, o
escândalo reside no fato de que Deus permitiu um casamento proibido porque
Gômer era de uma cultura diferente ou viciada de hábitos imorais. Portanto, não
dá para asseverar que era uma profissional do sexo, mas, sim, era uma mulher
infiel que, na presciência de Deus, serviria para representar a “Casa de
Israel”. A mensagem era claríssima: Israel traiu seu Marido [o Eterno],
adulterando (se prostituindo) com amantes [falsos deuses, Baal no caso]. O
casamento de Oséias com Gômer é a ilustração de uma mensagem. Mensagem esta
descrita em todos os catorze capítulos do Livro de Oséias.
O Deus
Eterno criou um fato escandaloso no seio da sociedade judaica? Não, a sociedade
era o escândalo. Mas com aquele casamento absurdo, Deus estava “jogando na
cara” de Israel sua traição.
O resultado
foram dois bastados. Dois dos três filhos que tiveram não eram de Oséias, mas
dos amantes dela. As crianças foram batizadas pelo próprio Eterno de Loruama e
Loami, “não [é] meu povo” e “não [é] amado”, respectivamente. Depois, Gômer
abandonou a Oséias, correndo atrás de seus amantes. Mas o Deus Eterno ordenou
que o profeta a comprasse literalmente de seu amante:
O Senhor me disse: ‘Vá, trate
novamente com amor sua mulher, apesar de ela ser amada por outro e ser
adúltera. Ame-a como o Senhor ama os israelitas, apesar de eles se voltarem
para outros deuses e de amarem os bolos sagrados de uvas passas’. Por isso eu a
comprei por cento e oitenta gramas de prata e um barril e meio de cevada. E eu
lhe disse: Você viverá comigo por muitos dias; você não será mais prostituta
nem será de nenhum outro homem, e eu viverei com você. (Oséias 3.1-3, NVI).
Essa
história nos informa que Deus não desiste nunca de seus amados? Essa situação
inusitada está nos dizendo o quê? Está nos informando que apesar de sermos
infiéis, o Eterno nunca deixará de nos comprar novamente e novamente e
novamente? Vamos continuar fugindo dEle, nos deliciando nos braços de outro,
enquanto Ele vai investindo seus intermináveis recursos para nos trazer de
volta? Sempre, indefinidamente, eternamente? Podemos, então, ficar descansados
e tranquilos porque Ele nos perdoa quatrocentos e noventa vezes? A única coisa
que temos que fazer, então, é nada? Ou melhor, ainda, podemos ficar descansados
que Deus está preso, maniatado, subjugado e cativo de Seu próprio amor?
O problema é
que não conhecemos ou esquecemos o que aconteceu com os contemporâneos de
Oséias. Ele foi o profeta que testemunhou os últimos dias do Reino do Norte,
Israel, que foi completamente destruído. A cidade de Samaria foi destruída após
um cerco que durou cerca de três anos e, então, o Reino de Israel deixou de
existir. Durante o cerco, os habitantes da cidade sofreram de maneira horrível
tanto privações físicas quanto psicológicas. O profeta Miquéias afirma que a
cidade fora reduzida a um amontoado de pedras. Suas terras tornaram-se um lugar
de completa desolação. Tudo isso aconteceu no ano 722 a.C. Portanto, temos que
ter cuidado ao afirmar que Deus nunca desiste de ninguém. Não se pode negar que
Deus amava aquele povo de uma maneira inigualável, mas não dá – nem para o
Eterno Deus – sustentar uma situação de traição por tanto tempo.
Há líderes e
determinados liderados que estão adotando e sendo influenciados pela cultura
permissiva de nossa sociedade. Acreditam que Deus também considera que seria
mais fácil amar tolerando os erros e as falhas morais dos que se consideram
“sinceros” (acham que não são hipócritas) do que exigir conversão. Se
consideram sinceros porque admitem suas falhas morais, pecados e desvios
doutrinários, e se enxergam piedosos porque acreditam no amor de Deus que os
transformará e os salvará finalmente, exatamente quando eles precisarem. Assim
como os católicos que rezam a Ave Maria: “...rogai por nós, pecadores, agora e
na hora de nossa morte, amém!”
Não existe
perigo maior... Apostam no amor de Deus, mas ignoram que o amor não é equivalente à verdade, embora os
dois tenham que andar juntos. Principalmente se este amor contradiz toda
verdade.
Esta
declaração pode ser polêmica, mas a justiça de Deus não está submetida ao Seu
amor, mas seu amor à Sua justiça. A ira de Deus permanece sobre “os filhos da desobediência” (Cl 3.6),
portanto se Seu amor orientasse Sua justiça esta Palavra de Paulo deveria ser
descartada, posto que ira não existiria. Ainda que tantas referências existam
com relação a esta verdade, apenas esta seria o suficiente para que o assunto
fosse esgotado.
Deus amou o
mundo de tal maneira que deu Seu filho único para que todo aquele que crê em Jesus,
Seu Filho, não vá para o inferno, mas tenha a vida eterna, por isso “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna;
mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele
permanece.” (João 3.36). Como, assim, Deus não desiste de nós?
Deus não
desiste de nós? Mas e se nós desistirmos dEle? Será que não existe essa
possibilidade ou Deus por Seu grande amor não vai se importar se isto
acontecer? Quem defende esta tese não está pensando com clareza. Deus vai
insistir até o fim, mas e se nós continuarmos com nosso amante?
Amor, O Principal E Único (?) Atributo De Deus
Este
conceito estapafúrdio de que Deus é movido somente por amor, suprime qualquer
sentido de juízo e induz a erros crassos. Como os de líderes como Rob Bell que
pregam que o inferno não existe (cf.: http://www.verdadegospel.com/pastor-americano-polemiza-ao-afirmar-que-o-inferno-nao-existe/). O ex-pastor Bell tem alcançado o favor da
opinião pública defendendo o indefensável: “Sim, eu sou favor do casamento.
Estou a favor da fidelidade. Sou a favor do amor, seja entre um homem e uma
mulher, ou entre duas mulheres, ou de um homem com outro homem […] este é o
mundo que estamos vivendo e precisamos apoiar as pessoas sem importar o modo
como estejam”, falou abertamente.” (http://noticias.gospelmais.com.br/rob-bell-favoravel-casamento-gay-preservar-amor-51518.html). Para ele, que não acredita em juízo nem
punição eterna para pecadores não convertidos, todos nós estamos salvos. A
Bíblia, então, é uma perda de tempo. Jesus morreu à toa. Ninguém comete pecados
e, aliás, pecado é uma invenção obsoleta. A Bíblia só presta quando fala de
amor nos termos que eles o entendem e aceitam.
É para este
caminho que estão indo todos os que se apoiam sobre o conceito de que Deus não
desiste de nós. Que Ele nos ama sem estabelecer condições. Que o Eterno é
motivado e movido por suas emoções. Como se o amor fosse uma mera emoção. Se
fosse, Deus nunca nos amaria. Ele fez de tudo para nos convencer, mas nada fará
para nos obrigar.
Por que Ele
nos amou? Pela certeza de que muitos seriam resgatados (Mateus 20.28). Se Deus
soubesse que não seria amado, não teria permitido a tortura e morte de Jesus.
Não é preciso ser muito inteligente para chegar a esta conclusão. Quem trocaria
a vida de um único filho pelo desprezo de quem foi presenteado com ela?
Quem é pai
sabe, mas quem tem um filho apenas, sabe mais. Não há amor maior. Por isso é
impossível que este pai substitua seu filho por um indivíduo que nunca se
arrependerá de seus erros. Sob hipótese alguma eu jogaria meus filhos aos leões
em vão. Até mesmo sabendo de antemão que muitos iriam deixar seus pecados, eu
pensaria mil vezes antes de sacrificar meu filho por eles... Mas Deus não age
emocionalmente como eu. Ele simplesmente fez o que era certo, segundo Sua reta
justiça. Mas aqui surge uma pergunta que não quer calar.
O que você
faria se alguém rejeitasse Seu filho? O que você faria com aqueles indivíduos que
lhe dirão: “Não, muito obrigado! Mas não lhe pedi nada!” Indivíduos pelos quais
você entregou Seu filho para substituí-los na pena de morte, ignoram, rejeitam,
desprezam deliberadamente o sacrifício dele? Não desistiria deles? O que mais
você faria para que eles lhe dessem a justa atenção? Quantos filhos mais você
dará por eles?
Da parte de
Deus, desprezo total. Simplesmente porque Ele não deu Jesus por esse tipo de
gente, mas pelo Seu povo! Como disse Paul Washer, “Jesus deu Sua vida pela
Igreja, uma Igreja pura, linda e imaculada” (10 Acusações Contra a Igreja Moderna,
pg. 60). Deus não seria idiota a ponto de entregar seu único filho por gente
que não O queria, não O quer nem O quereria. Até mesmo aqueles que faziam parte
do chamado povo de Deus, os filhos de Abraão, para os quais Jesus foi enviado,
foram desprezados porque desprezaram a Jesus: “Estava Ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dEle, e o
mundo não O conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas a todos quantos O receberam, aos que
creem no Seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (João 1.10-12).
Viram? Filhos de Deus e não de Abraão. Por isso concordo mais uma vez com
Washer: “Não há um remanescente de crentes ou um grupo menor dentro de um grupo
maior chamado a igreja. A Igreja é o remanescente”
(idem). O remanescente, previsto no Antigo Testamento (Isaías 10.21; Amós
9.11-15; Oséias 2.23 etc.), é a gente pela qual Jesus morreu. Aquela gente que
não era nem povo, mas agora é povo de Deus (I Pedro 2.10).
Se um
indivíduo não sai do erro, não se converte, não se arrepende e, por isso, não
quer perdão, então não resta mais nada, exatamente como escreveu Oséias:
“As suas ações não lhes permitem
voltar para o seu Deus; porque o espírito da prostituição está no meio deles, e
não conhecem ao Senhor. A soberba de Israel testifica contra eles; e Israel e
Efraim cairão pela sua iniquidade, e Judá cairá juntamente com eles. Eles irão
com os seus rebanhos e com as suas manadas, para buscarem ao Senhor, mas não o
acharão; ele se retirou deles.” (Oséias 5.4-6).
Resultado?
Leia novamente: “Ele [o Eterno] se retirou deles”. Deus desistiu depois
de insistir muito com Israel. Se você fica confortavelmente acreditando que o
amor do Deus Eterno é incondicional, pode ficar certo que alguém está mentindo
para você e não é a Bíblia.
Certa vez
alguém me disse que questões de natureza sexual são irrelevantes porque o
Eterno obrigou um homem santo a se casar com uma prostituta. Sua mente viciada
encontra conforto nesse acontecimento para respaldar comportamento estranho à
vontade de Deus. Vai pagar caro por essa ignorância. São pessoas que acreditam
no que os romanos também acreditavam que quando Paulo pregava sobre a Graça
estava abrindo precedente para pecarmos sem medo. Ao que ele disse: “E por que não dizemos (como somos
blasfemados, e como alguns dizem que dizemos): Façamos males, para que venham
bens? A condenação desses é justa.” (Romanos 3.8).
Por séculos,
Deus levantou centenas de milhares de profetas para avisar que a paciência de
Deus não é eterna e que seu amor tem limite. Não deram ouvidos, alguns até se
sentiam seguros afirmando que “Deus não
faz o bem nem faz o mal” (Sf 1.12). Mas o fim deles foi terrível:
“E o Senhor Deus de seus pais,
falou-lhes constantemente por intermédio dos mensageiros, porque se compadeceu
do seu povo e da sua habitação. Eles, porém, zombaram dos mensageiros de Deus,
e desprezaram as suas palavras, e mofaram dos seus profetas; até que o furor do
Senhor tanto subiu contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve. Porque fez
subir contra eles o rei dos caldeus, o qual matou os seus jovens à espada, na
casa do seu santuário, e não teve piedade nem dos jovens, nem das donzelas, nem
dos velhos, nem dos decrépitos; a todos entregou na sua mão.” (II Crônicas 36.15-17).
O raciocínio
é simples, o amor de Deus é tão grande que podemos nos sentir livres para fazer
o que quisermos. Deus não leva nada em conta. Ele é bom e misericordioso.
Portanto nunca irá nos punir por nossas escolhas e decisões. Seu amor está
acima dos nossos pecados, pois eles são irrelevantes diante do grande amor que
Deus tem por nós.
Desconfie de
sua alma quando esta lhe diz que Deus está cego de amor. Não cometa o mesmo
erro dos hebreus que “Negaram ao Senhor,
e disseram: Não é ele; nem mal nos sobrevirá, nem veremos espada nem fome.”
(Jeremias 5.12).
Fique só com
mais estas passagens: “Considera,
pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas
para contigo, benignidade, se
permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.” (Romanos 11.22); “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem
semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne
ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida
eterna.” (Gálatas 6.7-8).