segunda-feira, 13 de julho de 2015

Quem é meu inimigo?



A história testemunha os horrores das guerras, nós as abominamos porque sabemos o que inimigos podem ser capazes de fazer uns aos outros. Depois da última grande guerra, nossos filhos ainda testemunham guerras civis no Oriente e nos morros cariocas. Por tudo isso aprendemos a odiar guerras e a desejar paz. Daí nos considerarmos “do bem”: não semeamos guerras e acreditamos que, por isso, não colheremos inimigos. Nada mais infantil. É perturbador admitir a ideia de que se é e/ou de que se tem inimigo.

Inimigos surgem sem qualquer provocação (Sl 38.19; Jo 15.25). No entanto, algumas pessoas têm todo direito de nos odiar e de nos considerar inimigos, desde que façamos algo que realmente as tenham prejudicado. Por isso, não existe algo mais hipócrita do que viver na soberba de achar que só sabemos fazer amigos e que, portanto, não temos inimigos. Podemos não ter conhecimento de que temos inimigos, mas é perfeitamente possível que os tenhamos.

Jesus tendo dito “Quem não é comigo é contra mim!” (Mt 12.30), afirma que havia quem não gostava dEle. Seus santos lábios também se abriram para dizer: “Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam;” (Lc 6.27), admitindo que inimigos existem e existirão. Ele tinha e ainda tem inimigos. Você seria um deles?

Pense que sua religião é uma ameaça ao estilo de vida de alguém. Pense que o Evangelho afronta e confronta as escolhas e decisões dos seus parentes e colegas de trabalho. Pense que a Palavra de Deus é uma “espada afiada” (Hb 4.12) penetrando profundamente a carne de seu vizinho beberrão. Pense que Jesus Cristo é o Senhor e não Alá, Buda, Krishna e que, sendo assim, não negocia o fato de que o homem também não é senhor de si mesmo. Quantos inimigos estarão se reunindo agora contra você? Falamos do mundo, mas e se estão dentro da Igreja?

Paulo teve conhecimento de que a igreja de Corinto estava dividida: “Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio. E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” (I Cor 11.18-19). Um grupo defendia doutrinas estranhas ao Evangelho, mas não lemos Paulo dizendo que seria necessário estabelecer um consenso, mas que as dissensões continuassem até que “os que são sinceros se manifestem entre vós”. Por quê? Porque Deus sempre escolhe o lado certo!

Atenção! Você pode ser a pessoa mais amada do país e nunca ter conhecido um inimigo neste planeta moribundo, e se orgulhar disso, mas se não está do lado certo só terá um inimigo, o Eterno Deus. Certamente o pior que alguém poderia ter: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá? (Isaías 43.13).