“Um abismo chama
outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas
têm passado sobre mim.” (Salmo 42.7).
Estava no começo da puberdade
quando se falava sobre uma minissérie da Globo chamada “Amizade Colorida”,
estrelada por Antônio Fagundes. Nela, “um fotógrafo de moda, Eduardo Lusceno, o
Edu, é o protagonista da série. Boa praça, conquistador, mulherengo, passa por
várias situações complicadas por causa de suas conquistas amorosas” (wikipedia).
Não faltavam humor e muita insinuação sexual, beijos tórridos e confusões por
conta dos muitos casos fortuitos do fotógrafo.
Não é novidade que o cinema e a
televisão ditam o comportamento do mundo há mais de século. A amizade colorida
é o eufemismo para o que Jesus chama de fornicação, prostituição e adultério.
Mas nada tão natural em nossa sociedade. Acredito que no início da década dos
80’s, quando a minissérie global estreou houve oposição acalorada dos púlpitos
e dos meios considerados conservadores.
Hoje chegamos aos tons de cinza.
Um romance que se tornou Best Seller
escrito por uma mulher, Erika Leonard James. Uma história recheada de sexo
sadomasoquista. Não tenho espaço para resumir o livro, mas não tenho este
interesse nem despertá-lo. Quero, contudo, alertar nossos jovens para a loucura
que este livro, e agora filme, propõe.
O sadismo e o masoquismo são
distúrbios mentais. O sádico sente prazer em infligir ou assistir o sofrimento
alheio, o masoquista, por sua vez, é o parceiro ideal do sádico porque sente
prazer em sentir dor: “O foco do sadismo sexual envolve atos (reais, não
simulados) nos quais o indivíduo deriva excitação sexual do sofrimento
psicológico ou físico (incluindo humilhação) do parceiro.” (wikipedia). O
sadomasoquismo é uma relação completar das duas tendências.
O compositor Lulu Santos acha
“justa toda forma de amor”. Ora, se existe prazer, não há porque contestar.
Cada um na sua e Deus por todos. Mas aquela perversão dos anos oitenta
“evoluiu” para o sadomasoquismo. Não nos contentamos com apenas uma forma
tradicional de amor, queremos todas as sensações possíveis e imagináveis em
nossa busca desesperada por sentido. São as ondas e as vagas de Deus
encaixotando quem vai nessas ondas. Um abismo vai chamando outro e vamos
afundando e nos afogando em nossas sensações.
Deus tem julgado este planeta
entregando-o “aos seus desejos para
desonrarem seus corpos entre si (...) Por
isso Deus os abandonou às paixões infames” (Rm 1.26). É, a coisa vai ficar
preta!
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