sábado, 14 de março de 2015

Da Amizade Colorida aos 50 Tons de Cinza




“Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.” (Salmo 42.7).
                Estava no começo da puberdade quando se falava sobre uma minissérie da Globo chamada “Amizade Colorida”, estrelada por Antônio Fagundes. Nela, “um fotógrafo de moda, Eduardo Lusceno, o Edu, é o protagonista da série. Boa praça, conquistador, mulherengo, passa por várias situações complicadas por causa de suas conquistas amorosas” (wikipedia). Não faltavam humor e muita insinuação sexual, beijos tórridos e confusões por conta dos muitos casos fortuitos do fotógrafo.
                Não é novidade que o cinema e a televisão ditam o comportamento do mundo há mais de século. A amizade colorida é o eufemismo para o que Jesus chama de fornicação, prostituição e adultério. Mas nada tão natural em nossa sociedade. Acredito que no início da década dos 80’s, quando a minissérie global estreou houve oposição acalorada dos púlpitos e dos meios considerados conservadores.
                Hoje chegamos aos tons de cinza. Um romance que se tornou Best Seller escrito por uma mulher, Erika Leonard James. Uma história recheada de sexo sadomasoquista. Não tenho espaço para resumir o livro, mas não tenho este interesse nem despertá-lo. Quero, contudo, alertar nossos jovens para a loucura que este livro, e agora filme, propõe.
                O sadismo e o masoquismo são distúrbios mentais. O sádico sente prazer em infligir ou assistir o sofrimento alheio, o masoquista, por sua vez, é o parceiro ideal do sádico porque sente prazer em sentir dor: “O foco do sadismo sexual envolve atos (reais, não simulados) nos quais o indivíduo deriva excitação sexual do sofrimento psicológico ou físico (incluindo humilhação) do parceiro.” (wikipedia). O sadomasoquismo é uma relação completar das duas tendências.
                O compositor Lulu Santos acha “justa toda forma de amor”. Ora, se existe prazer, não há porque contestar. Cada um na sua e Deus por todos. Mas aquela perversão dos anos oitenta “evoluiu” para o sadomasoquismo. Não nos contentamos com apenas uma forma tradicional de amor, queremos todas as sensações possíveis e imagináveis em nossa busca desesperada por sentido. São as ondas e as vagas de Deus encaixotando quem vai nessas ondas. Um abismo vai chamando outro e vamos afundando e nos afogando em nossas sensações.
                Deus tem julgado este planeta entregando-o “aos seus desejos para desonrarem seus corpos entre si (...) Por isso Deus os abandonou às paixões infames” (Rm 1.26). É, a coisa vai ficar preta!

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